Amor Fati

Cinema, literatura, filosofia y otras cositas más...

quarta-feira, março 26, 2008

Dengosa

Tá todo mundo preocupado com a tal dengue
Coisa de gringo isso,
se preocupar com epidemia
No Brasil sempre se morreu de epidemia
Desde os tempos de Cabral
Pelo menos é o que dizem os jornais
O estranho é que nunca conheci uma vítima de epidemia sequer
Exceto as famosas, que inspiram pouca confiança
Estranho isso
Bem, melhor que na Europa
onde as pessoas morrem de tédio...

domingo, maio 13, 2007

Why not?

Se alguém me convencer do contrário, eu juro que eu mudo.
Por que eu não posso dizer às pessoas o quão bonita elas são?
Por que não posso conversar sobre assuntos triviais com ilustres desconhecidos sem nenhum razão aparente?
Por que não confiar nas pessoas unicamente porque meu instinto assim indica?
Por que não posso gostar de todos que nunca me fizeram mal agum, mesmo que não me fentio bem?
Por que não?

Surprise

Não adianta.
As coisas boas.
Aquelas boas mesmo,
chegam sem avisar.
É a surpresa que encanta muitas vezes,
mas do que a coisa em si.
Aquela história de carta registrada com aviso de recebimento,
pelo visto,
não está com nada.
Então tá combinado.
Eu volto sem avisar,
sem ninguém saber.
Assis mesmo.
De repente a coisa fica até mais emocionante...

Just Hands

Frase da noite:
"Quem é cintilante nunca chega a francesinha"
Confesso que houve até uma discussão.
Aparentemente, na minha opinião, haveria outra superior.
Qual? Não lembro.
Talvez não fosse mesmo.

terça-feira, junho 06, 2006

Coisas que você pode dizer só de olhar para ela

Sim,
ela fala o que quer.
Não se importa muito com que os outro pensem a respeito.
Já cansou de se importar.
No final,
não fazia muita diferença mesmo.
Agora não mais.
Ela é assim mesmo,
e a maioria dos que a adoram,
é jutamente por esse motivo.
Há também os que a detestam
- por óbvio -
mas a razão também é a mesma.
Por ela ser quem ela é.
Ela não pretende mudar.
Personalidade forte a dela.
É triste, claro, quando alguém se afasta,
por não gostar de quem ela é.
Mas também quando alguém se aproxima,
justamente pela mesma razão,
o ser quem se é se justifica.
Pode até ser que eventualmente se vá embora,
mas por outras razões,
não por ela ser quem ela é.

Verdade Maculada

Nada justifica a ilusão
Uma grande amiga uma vez disse:
"mentiras sinceras me interessam"
A frase é de Cazuza,
mas a filosofia é da amiga.
Mentiras são importantes sim.
Não aquelas que iludem,
que fazem com que se acredite em algo que nunca esteve lá.
Mentiras sinceras são aquelas do dia a dia.
As necessárias à sobrevivência humana.
Não há como confessar certas coisas sem destruir futuros.
Ninguém precisa saber o que se passa no inconsciente alheio.
Não lemos pensamentos por uma boa razão.
Assim podemos filtrar o que deve ser manifestado.
É verdade que tal filtro gera distorções,
mas isso vem de cada um.
Não peço para ser enganada,
poupada de determinadas coisas talvez.
Mentiras sinceras me interessam sim.
A mim, e a todo mundo.

segunda-feira, maio 15, 2006

Que Nárnia!

Cresci com mocinho bonzinhos e vilões malvados.
Com finais felizes em que o bem triunfava.
Com fábulas que continham uma moral no final da história.
Com filmes com mensagens bonitas de que fazer o bem é a base de tudo.
Agora a coisa mudou.
Crianças mimadas viram heróis principais de produções da Disney.
O Reino todo quase é sacrificado por caprichos infantis.
Não há mais uma lição de moral,
um censurar um mau comportamento,
nada aé feito a respeito.
Os mais velhos assumem o comportamento dos mais novos como se seus fossem,
chamam para si a culpa e coisa alguma fazem para mudar a situação.
Os mais bravos, nobres e destemidos sacrificam-se por quem não merece.
Para que aquele eterno errante começe sua carreira de acertos.
É o Vale dos Perdidos no Templo dos Sem Princípios.
E é coroado rei quem não tem mérito nenhum.
Só porque estava no script.
Infância dura essa de hoje em dia.

Bad timming

Já cansei de me fazer a mesma pergunta
e até agora não encontrar resposta alguma.
Adoraria saber por que nossas melhores idéias
vêm sempre no momento menos apropriado.
Admiro pessoas que sentam-se a fazer alguma coisa
e conseguem de fato realizar extamente aquilo a que se propõem.
Me junto à outra corrente.
Aquela que lembra coisas quando está deitada na cama, prestes a dormir.
Que tem uma súbita inspiração no momento em que não há papel ou caneta em um raio de 30km.
Que chega a conclusões brilhantes sobre o que poderia ter sido dito em um debate que ocorreu há uma semana.
Que entende o real significado de um filme quando ele já saiu de cartaz e ninguém comenta mais a respeito.
Que quer discutir o conteúdo do livro que todos já leram quando ninguém lembra mais.
Que adoraria conseguir fazer as coisas no tempo certo - seja ele qual for.

Enfim. Dos que vivem reclamando da vida
e do bad timming que ela tem...

Pipols

Pessoas são como quadros.
Alguns são uma verdadeira obra de arte.
Outros são apenas rascunhos.
E há quem ainda seja um mero borrão.
Há trabalhos de profissionais e de amadores.
E por mais que não gostemos de determinado quadro.
Não há como modificá-lo.
Fazer qualquer retoque seria estragar a obra feita -

O trabalho até poderia ficar mais ao nosso gosto,
mas perderia toda a originalidade.

quinta-feira, maio 04, 2006

Shine

Estou cercada por pessoas brilhantes.
Não só pela inteligência e cultura.
Estou cercada por pessoas de brilho próprio.
Pessoas que vivem, que sofrem, que choram.
Pessoas que amam, que se questionam, que se culpam.
Pessoas que não têm medo de dizer o que pensam, o que sentem,
de revelar no que acreditam,
de demosntrar como gostariam que as coisas fossem.
Pessoas que largam suas coisas pelas outras,
que ficam acordadas corrigindo trabalhos não tão bem feitos,
que deixam trabalhos para conversas sobre relacionamentos não tão perfeitos,
que saem para contar como gostariam que a vida fosse,
sobre o que pode mudar e sobre o que não pode.
Pessoas que se expõe, sem medo do ridículo,
pessoas que se abrem, arriscando serem criticadas.
Pessoas com ideais, com sonhos, com frustrações.
Pessoas cheias de vida, cheias de idéias e cheias de opiniões.
Pessoas com defeitos, com qualidades e com aspirações.
Pessoas comuns,
mas acima de tudo,
pessoas brilhantes.

quarta-feira, maio 03, 2006

Fake it

Ouvi por esses dias um comentário interessante a repeito do meu soutien -
sim, soutien - ou sutiã, abrasileirando a coisa.
Uma amiga:
- Coisa dura isso! Homens gostam daqueles que se consegue sentir o que tem embaixo.
Me pergunto: Será?
Em tempos de ode ao silicone, será que realmente o tato ainda tem valor?
Será que um de aparência não tão bonita mas de toque agradável seria mais apreciado?
Não terá sido o tato substituído pela visão?
Quem se importa com armações duras e recheios de tecido,
esponja, água, óleo, gel ou qualquer que seja a mais nova invenção?
Que se chamem wonder, push up ou que tenham cliques.
Desde que eles fiquem lá, tesos, para quem quiser admirá-los,
me parece que ninguém dá muita bola para o que os sustenta.
O que há embaixo de toda essa infraestrutura chega a ficar em um segundo plano.
E o tal silicone.
Ninguém se importa que todos se pareçam iguais - em forma e tamanho.
Eles parecem bonitos de se olhar e é o que basta.
É o que faz meu soutien.
Coloca tudo no lugar para que fique bonito para quem resolva olhar.
Como tocar não é a regra,
a gente se reveste de espuma.
Será que tudo na vida é assim hoje em dia?

terça-feira, maio 02, 2006

Missy Elliot

Sou da teoria de que se relacionamentos fossem fáceis,
não haveria tanta discussão em torno deles.
Por filosofia pessoal,
acredito em aceitar as pessoas como elas são.
Até aí tudo é muito bonito
e todos viveríamos felizes para sempre se não fosse um porém.
Um não, vários.
Aqueles que fazem com que pensemos em diversas técnicas assassinas.
Que manuais de tortura do tempo da Inquisição tornam-se praticamente objetos de desejo.
Por mais que tentemos,
por maiores que sejam nossos esforços,
por mais que gastemos energia tentando assimilar personalidades alheias.
Há vezes em que a vontade maior mesmo é a de perder as estribeiras.
De jogar pedra na Geni.
Mandar todo mundo longe,
bem longe.
Vontade, de fugir, viajar
de desaparecer.
De esquecer a todos e ser por todos esquecida.
E depois lembrada,
e relembrada.
Nada como um dia após o outro.
 
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